5 passos para fazer um orçamento doméstico
Você já sabe o que é educação financeira familiar e qual a sua importância, mas, não faz ideia de como colocá-la em prática? Calma! Este post foi escrito para te ensinar a fazer um orçamento doméstico e, assim, garantir a saúde financeira de toda a sua família! E o melhor, tudo isso em apenas 5 passos.
1. Orçamento doméstico é uma questão de tempo e persistência
Todo aprendizado é uma questão de tempo e persistência. Até porque, provavelmente, você não se lembra de tudo aquilo que já aprendeu na sua vida, não é mesmo? Além disso, precisou praticar por alguns dias ou até meses até fixar o aprendizado e conseguir executar o que aprendeu? Pois é! Orçamento doméstico também é uma questão de tempo e persistência!
Lembre-se de que o aprendizado nos pede uma atitude ativa, não adianta de nada ter todo o conhecimento, caso ele não seja aplicado. Coloque em prática cada nova descoberta, pois conhecimento que não é usado para evolução não serve para nada.
2.Orçamento doméstico exige conscientização e negociação
Como já te ensinamos em outros posts aqui do +P Blog, o sucesso de um consumo consciente deve ser como a própria palavra diz: consciente! Pois, se ele for visto como algo imposto, além de não ser efetivo, pode gerar vários desgastes, brigas e discussões, que podem se tornar problemas de relacionamento quando o assunto é educação financeira familiar e a necessária construção de um orçamento doméstico.
Por isso, para fazer um orçamento doméstico, é necessário conscientizar a sua família sobre a importância disso. Então, antes de sair cortando despesas e/ou gastando, reúna sua família, converse com todos, explique a situação financeira atual. Seja sincero, caso a situação englobe dívidas, por exemplo.
Nesta etapa de conscientização, mostre quanto está entrando de dinheiro (seja por salário, alugueis e/ou outros rendimentos) e demonstre também o preço de cada dívida e cada custo.
Feito isso, diga a sua opinião de onde cortar ou gastar e deixe o ambiente confortável o suficiente para que cada familiar também possa fazer o mesmo. E lembre-se: esteja aberto para ceder em algum corte, pois, no orçamento doméstico, deve sempre existir a conscientização e a negociação, além da parte técnica.
Ah… também é muito importante que você garanta que todos estejam de acordo sobre o que foi alinhado e que tenham noção de que o combinado precisa ser mesmo cumprido para ser efetivo.
3.Orçamento doméstico é como receita de bolo
Depois de ter conseguido conscientizar a sua família da importância do orçamento doméstico e de como é essencial cada um fazer a sua parte, chegou a hora de produzi-lo. Como?
Basicamente, um orçamento doméstico é como uma receita de bolo. Existem milhares de receitas de como fazer um orçamento doméstico. Algumas são mais complexas do que outras, que possuem mais detalhes. E, assim como o bolo, quanto mais complexo for o orçamento doméstico para você e sua família, mais chances vocês têm de não conseguirem construí-lo de forma produtiva. Por isso, valorize a simplicidade, pois, neste caso, menos é mais.
Discuta, em família, qual é a forma mais fácil para que todos vocês consigam administrar e documentar seus recebimentos e gastos. Pode ser em papel, Word, planilha no Excel e até por meio de aplicativos e/ou grupo no WhatsApp, por exemplo. Fiquem à vontade! O importante é chegarem a uma conclusão comum de qual é o melhor método de controle para todos.
4.Orçamento doméstico tem sua lógica
Ufa!!! Enfim, está na hora de, literalmente, fazer o orçamento doméstico da sua família. Por isso, é essencial que te ensinemos que orçamento doméstico tem sua lógica. Ou seja, precisa conter certas nomenclaturas e ordens relacionadas às anotações dos recebimentos e gastos para que dê certo.
A maneira mais simples de fazer um orçamento doméstico é, em primeiro lugar, anotar todas as maneiras que você e sua família recebem dinheiro (salários, alugueis, doações, etc), sendo que esses recebimentos devem ser nomeados de entradas.
Em seguida, registrem todos os gastos mensais frequentes (luz, água, aluguel, condomínio, supermercado, gás, etc), que devem ser nomeados de saídas.
5.Orçamento doméstico precisa ser avaliado
Feito os dois passos anteriores, some, junto à presença da sua família, todos as entradas e saídas. Atenção, pois, nessa etapa, vocês podem chegar nas três situações listadas abaixo e todas elas precisam ser avaliadas.
1. Entradas (recebimentos) maiores que as saídas (despesas): esse é o melhor cenário existente! Se ele for a realidade da sua família, vocês têm chances de iniciarem as tão indicadas reservas de emergência e de investimentos.
2. Entradas (recebimentos) iguais as saídas (despesas): essa não é uma situação necessariamente ruim! Vocês estão pagando suas contas em dia e não falta dinheiro para as suas necessidades. Porém, é um cenário perigoso, pois, qualquer pequena variação nas suas despesas e/ou receitas, pode levá-los para o próximo e pior cenário possível.
3. Entradas (recebimentos) menores que as saídas (despesas): esse é o pior cenário possível! Mas, fiquem calmos! O mundo não está acabando! Caso isso ocorra, reavaliem todas as suas despesas e avaliem quais vocês podem cortar até que, no mínimo, igualem suas receitas com as suas despesas. Caso não exista a possibilidade de fazerem mais nenhum corte e as despesas ainda forem maiores que as receitas, vocês possuem as seguintes saídas:
- Reduzam o padrão de vida
- Aumentem as suas fontes de recebimentos, mas, lembrem-se: pedir empréstimo não é aumentar as suas receitas, ok? Esse recurso deve ser usado apenas em casos de emergência!
Então, é isso! Esses são os 5 passos para fazer um orçamento doméstico que temos para você hoje. Caso queira mais dicas, entre no nosso perfil no Instagram.
- Por Tabata Martins, Jornalista da Mais Previdência, e Pedro Furtado, Financista